quarta-feira, 25 de junho de 2014

SOLENIDADE DE SÃO PEDRO E SÃO PAULO

“Eis os santos que, vivendo neste mundo, plantaram a Igreja, regando-a com seu sangue. Beberam do cálice do Senhor e se tornaram amigos de Deus”

1ª Leitura: (At 12, 1-11); Salmo 33; 2ª Leitura: (2Tm 4, 6-8. 17-12); Evangelho (Mt 16, 13-19)


A solenidade de São Pedro e de São Paulo é uma das mais antigas da Igreja, sendo anterior até mesmo à comemoração do Natal. Já no século IV havia a tradição de, neste dia, celebrar três missas: a primeira na basílica de São Pedro, no Vaticano; a segunda na basílica de São Paulo Fora dos Muros e a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde as relíquias dos apóstolos ficaram escondidas para fugir da profanação nos tempos difíceis.

Depois da Virgem Santíssima e de São João Batista, Pedro e Paulo são os santos que têm mais datas comemorativas no ano litúrgico. Além do tradicional 29 de Junho, há: 25 de Janeiro, quando celebramos a conversão de São Paulo; 22 de Fevereiro, quando temos a festa da cátedra de São Pedro; e 18 de Novembro, reservado à dedicação das basílicas de São Pedro e São Paulo.

Antigamente, julgava-se que o martírio dos dois apóstolos tinha ocorrido no mesmo dia e ano e que seria a data que hoje comemoramos. Porém o martírio de ambos deve ter ocorrido em ocasiões diferentes, com são Pedro, crucificado de cabeça para baixo, na colina Vaticana e são Paulo, decapitado, nas chamadas Três Fontes.

Mas não há certeza quanto ao dia, nem quanto ao ano desses martírios. A morte de Pedro poderia ter ocorrido em 64, ano em que milhares de cristãos foram sacrificados após o incêndio de Roma, enquanto a de Paulo, no ano 67. Mas com certeza o martírio deles aconteceu em Roma, durante a perseguição de Nero.

Há outras raízes ainda envolvendo a data. A festa seria a cristianização de um culto pagão a Remo e Rômulo, os mitológicos fundadores pagãos de Roma.

São Pedro e São Paulo, não fundaram a cidade, mas são considerados os “Pais de Roma”. Embora não tenham sido os primeiros a pregar na capital do império, com seu sangue “fundaram” a Roma cristã. Os dois são considerados os pilares que sustentam a Igreja tanto por sua fé e pregação como pelo ardor e zelo missionários, sendo glorificados com a coroa do martírio, no final, como testemunhas do Mestre.

São Pedro é o apóstolo que Jesus Cristo escolheu e investiu da dignidade de ser o primeiro papa da Igreja. A ele Jesus disse: “Tu és Pedro e sobre esta pedra fundarei a minha Igreja”. São Pedro é o pastor do rebanho santo, é na sua pessoa e nos seus sucessores que temos o sinal visível da unidade e da comunhão na fé e na caridade.

São Paulo, que foi arrebatado para o colégio apostólico de Jesus Cristo na estrada de Damasco, como o instrumento eleito para levar o seu nome diante dos povos, é o maior missionário de todos os tempos, o advogado dos pagãos, o “Apóstolo dos Gentios”.

São Pedro e são Paulo, juntos, fizeram ressoar a mensagem do Evangelho no mundo inteiro e o farão para todo o sempre, porque assim quer o Mestre.


terça-feira, 17 de junho de 2014

SOLENIDADE DO SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO ANO A

CRISTO PERMANECE CONOSCO NO SINAL DA SUA PÁSCOA
 1.ª Leit. – Deut 8, 2-3. 14b-16a; Sal – 147, 12-13. 14-15. 19-20; 2.ª Leit. – 1 Cor 10, 16-17; Evangelho – Jo 6, 51-58.

A festa que hoje celebramos é um convite a decifrar a mistério que se esconde por detrás do “Pão e Vinho repartidos”.
Na primeira leitura o Povo de Deus experimentou a presença e a bondade do Senhor na caminhada pelo deserto, durante quarenta anos, quando as dificuldades o atormentavam e recebia do Céu pontualmente a resposta às suas carências. A vida de fé ensina-nos que também nós, muitas vezes na vida, experimentamos a bondade de Deus para conosco.
O salmo 147 que a Liturgia nos convida a cantar como resposta à interpelação que o Senhor nos com a primeira leitura, combina o louvor com o reconhecimento da ação divina sobre a criação e o Seu Povo.
Na segunda leitura, S. Paulo dá resposta à questão posta sobre se podiam comer ou não as carnes de animais que antes tinham sido imoladas nos templos idolátricos e depois comidas em banquetes sacrificiais promovidos pelos devotos, ou vendidas no mercado e diz-nos que a Sagrada Eucaristia não é mero sinal significativo de unidade – todos comem do mesmo pão –, mas é sobretudo um sinal que produz a unidade; precisamente porque contém Jesus Cristo, cimenta a unidade inaugurada no Batismo.
No Evangelho Jesus apresenta-Se-nos no discurso à multidão para quem multiplicara miraculosamente os pães e os peixes, como o verdadeiro alimento do Céu que o pai nos dá.
REFLEXÃO HOMILÉTICA
“Hoje a Igreja nos convida: ao pão vivo que dá vida vem com ela celebrar!” É, precisamente, este o sentido da solenidade de hoje: celebrar, proclamar, professar, expressar a nossa fé inabalável na presença real do Cristo morto e ressuscitado nas espécies eucarísticas do Pão e do Vinho!
Esta é a nossa fé: acreditamos com todo o nosso coração e com toda a nossa mente que, nas espécies eucarísticas oferecidas como Sacrifício de Cristo – sacrifício único, perfeito, eterno – o Senhor Jesus está realmente presente no seu Corpo e no seu Sangue, alma e divindade, tão perfeito e real como está no céu. Diante do pão e do vinho consagrados, podemos cantar, como o povo cristão canta: “Deus está aqui! Ó vinde, adoradores, adoremos a Cristo redentor!”. Nas espécies consagradas já não há mais pão, já não há mais vinho: há somente o Corpo e o Sangue do Senhor morto e ressuscitado, todo no que era vinho, todo no que era pão. É Ele: adorável, amável, Vida para nossa vida! Trata-se de um Mistério de fé que só pode ser compreendido de joelhos! Trata-se de uma realidade concreta que só pode ser apreendida se abrirmos o coração ao desígnio amoroso e salvífico de Deus! Não há como perceber, não há como provar, não há como demonstrar cientificamente! Não podemos apreendê-lo, capturá-lo com a nossa razão e os nossos sentidos: o paladar falha, pois saboreia pão e vinho; o tacto falha, pois toca pão e vinho; a visão falha, pois vê apenas pão e vinho; o olfato falha, pois cheira só pão e vinho... Só pelo ouvido, que crê o que escuta, podemos perceber o Mistério; só a audição não falha:
“Isto é o Meu corpo; isto é o Meu sangue! Eu sou o pão vivo descido do céu. O pão que Eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo!”.
Que mistério tão grande: o pão que Cristo dá é a carne dada, a carne sacrificada, entregue na cruz, para a vida do mundo! Que mistério! Que amor!
Os judeus entenderam, os judeus contestaram, os judeus escandalizaram-se, os judeus abandonaram-n’O! Infelizmente, há cristãos que não entendem, que contestam, que se escandalizam e não comem nem bebem a Vida que dura eternamente!
Mas, Jesus insiste: “Em verdade, em verdade os digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu sangue, não tereis a vida em vós! Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue tem a vida eterna e Eu o ressuscitarei!”
– São palavras impressionantes, quase que inacreditáveis: o corpo e sangue de Jesus devem ser comidos como fonte de vida! Não de qualquer vida, mas da vida eterna, vida de Deus! Esta vida é o próprio Espírito Santo, que ressuscitou Jesus e que impregna o Seu Corpo e Sangue nas espécies eucarísticas! Por isso, na comunhão, recebemos, comemos a Vida já agora e plantamos esta Vida para a ressurreição final!
“Porque a Minha carne é verdadeira comida e o Meu sangue, verdadeira bebida. Quem come a Minha carne e bebe o Meu sangue permanece em mim e Eu nele!”
– O que mais Jesus poderia dizer para deixar mais claro e patente que a Sua presença na Eucaristia é realmente real?
É “verdadeiramente comida, é verdadeiramente bebida!” “Como o Pai que Me enviou vive – é o Deus vivente e pleno de vida –, e Eu vivo pelo Pai, o que come de mim viverá por mim!”
– Que dom, que graça: viver por Jesus, viver com a mesmíssima vida que Jesus ressuscitado recebeu do Pai: viver daquela vida escondida no pão e no vinho! Eis o dom que o Senhor faz de si mesmo! E Jesus conclui, no Evangelho de hoje:
“Este é o pão que desceu do céu, não é um simples pão deste mundo! Não é como aquele que os vossos pais comeram. Eles morreram! O maná não dava a vida divina, o maná não era transfigurado pelo Espírito Santo, Senhor que dá a vida! Aquele que come este pão viverá para sempre!”
Na travessia do deserto da vida, o Senhor conduz-nos entre humilhações e provas, que nos revelam quem somos, o que temos no coração... O Senhor não nos infantiliza, não nos livra dos embates da existência, mas permanece conosco:
“Não te esqueças do Senhor teu Deus, que te fez sair da terra do Egito, da casa de escravidão, e te conduziu através do imenso e temível deserto, entre serpentes venenosas e escorpiões,terreno árido e sem águas. Foi Ele quem, da rocha dura, fez nascer água para ti e, no deserto, te deu a comer o maná, que teus pais não tinham conhecido” para te mostrar que “nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus!”
Nos nossos desertos, neste deserto da longa história humana, que a Igreja vai atravessando, nutramo-nos desse pão e bebamos da bebida que sai do Cristo, nossa Rocha! Este alimento verdadeiro, de vida verdadeira, temo-lo no altar.



terça-feira, 10 de junho de 2014

SANTÍSSIMA TRINDADE - ANO A

DEUS É COMUNIDADE DE AMOR


Ex 34,4b-6.8-9 –  Sl Dn 3 – 2Cor 13,11-13 – 2Cor 13,11-13 – Ev Jo 3,16-18



Quando o homem olha para dentro de si, a fim de analisar sua experiência religiosa, tem a sensação de um abismo sem fundo, uma profundeza infinita. A essa profundeza inatingível de nosso ser refere-se a palavra “Deus”. Deus significa isto: a profundeza última da nossa vida, a fonte de nosso ser, a meta de todos os nossos esforços. Esse fundo íntimo do nosso ser manifesta-se na abertura do nosso “eu” para um “tu”, e na seriedade dessa inclinação. Vemos sim impressa em nosso ser a realidade profunda e grandiosa do Deus cristão, a Trindade. Isto é, o mistério de um Deus que é comunidade e comunhão de vida. Um Deus que é Pai, Filho, Espírito Santo.

A comunhão com Deus, fim do homem

O próprio Deus vem ao homem, manifesta-se a ele como “Senhor”, mas cheio de bondade e misericórdia, rico em graça e fidelidade (1ª leitura). Na exuberância de seu amor pelo mundo, manifestado no dom de seu Filho único para salvá-lo (evangelho), o Deus do amor e da paz derrama sobre os homens sua graça em Cristo, e os chama à comunhão com ele no Espírito Santo (2ª leitura). A comunidade Trinitária é verdadeiramente o valor último e supremo, o único verdadeiro fim último do homem, uma vez que Deus, e somente Deus, é a plenitude de toda perfeição.

A comunidade Trinitária é verdadeiramente mistério, realidade que supera absolutamente toda compreensão humana.Deus jamais deixará de causar admiração do homem, e nunca homem algum penetrará na terra de Deus se não estiver disposto a se desarraigar, como Abraão, das fronteiras de suas limitações e da estreiteza de suas seguranças. A oração não deve reduzi Deus aos limites do homem; mas deve dilatar o homem aos horizontes de Deus. O silêncio, que o Pai parece opor em muitos casos aos pedidos humanos, nasce da autenticidade de sua paternidade, de sua firmeza em não condescender com a mesquinhez dos planos humanos, para poder substituí-los por planos bem maiores. Nascidos do seu amor. A comunidade Trinitária é o verdadeiro futuro do homem, só ela pode assegurar ao homem um plano de vida sem limites, porque capaz de superar até a morte. Diz eficazmente santo Agostinho: “Deus é tão inexaurível que quando encontrado falta tudo para encontrá-lo”. Isso significa que o dinamismo e criatividade humana encontram nele um horizonte sem limites; portanto, um futuro total.

Um só Deus em três pessoas

Esta revelação não vem simplesmente satisfazer nossa necessidade de conhecer a Deus; concerne diretamente ao destino do homem e da criação.

De fato, a salvação, como a comunhão de amor entre Deus e o homem, reflete as características dos dois interlocutores que a constituem; Deus e o homem. Ora, o homem só pode ser compreendido a partir de Deus feito á imagem de Deus, é plasmado conforme Cristo, que é a imagem perfeita de Deus, Portanto, as perguntas e respostas sobre Deus são de uma importância fundamental para compreender o homem. Concretamente, a vida humana, de um ponto de vista religioso, desenvolve-se e se expande proporcionalmente ao “conhecimento” do mistério de Deus. Se o homem é destinado á comunhão com Deus Pai, é claro que sua vida tem tanto mais valor quanto mais ele consegue segui o movimento de “subida aos céus” inaugurado pela ascensão de Jesus, até sentar-se á direita do Pai para vê-lo face a face. O mistério do amor Trinitário revela algo do mistério mais profundo do homem; por sermos como somos, criaturas capazes de conhecer, amar, gerar, só podemos exprimir-nos em termos humanos, mas chegamos com mais profunda admiração ao último porquê: como pôde ter nascido a idéia de “conhecer”, “amar”, “gerar”? Não nasceu. Ela é. Porque Deus é amor. O mistério de Deus não é um mistério de solidão, mas de convivência, criatividade, conhecimento, amor, de dar e receber, e por isso, somos como somos.

Busca a Deus

Em nossa vida cotidiana, ás vezes trágica ou muito complicada, em que devemos cuidar de mil coisas que nos pressiona de toda parte, a luz de Deus é amor. Devemos voltar-nos para esta luz se não nos quisermos desviar do verdadeiro fim de nossa existência. Gostaríamos de poder dizer: “Aqui está Deus; é assim...” Mas não é possível. O próprio Deus sai do quadros e das imagens e se oculta naqueles que precisam de nós, e diz: “Aqui estou” Esconde-se nos pequeninos da terra e diz: “Buscai-me aqui” Quem quer viver com Deus não se encontra diante de uma conclusão, mas sempre adiante de um início, novo como cada novo dia. 

segunda-feira, 2 de junho de 2014

A IGREJA VIVE NO ESPÍRITO DE CRISTO



At 2,1-11 - Sl 103 - 1Cor 12,3b-7.12-13 - Ev Jo 20,19-23 
SOLENIDADE DE PENTECOSTES
A solenidade de Pentecostes celebra um acontecimento capital para a Igreja: a sua apresentação ao mundo, o nascimento oficial com o batismo no Espírito. Complemento da Páscoa, a vinda do Espírito sobre os discípulos manifesta a riqueza da vida nova no Ressuscitado no coração e na atividade dos discípulos; início e expansão da Igreja e princípio da sua fecundidade, ela se renova misteriosamente hoje para nós, como em toda assembléia e sacramental, e, de múltiplas formas, na vida das pessoas e dos grupos até o fim dos tempos. A “plenitude” do Espírito é a característica dos tempos messiânicos, preparados pela secreta atividade do Espírito de Deus que “falou por meio dos profetas” e inspira em todos os tempos os atos de bondade, justiça e religiosidade dos homens, até que encontre em Cristo seu sentido definitivo.
O Espírito da aliança universal e definitiva
Não se pode deixar de ligar o acontecimento do Sinai como o de Jerusalém; a assembléia das doze tribos corresponde á dos apóstolos, novo Israel; fogo e vento manifestam a presença do Deus vivo; é dada a lei da aliança, lei de liberdade que qualifica os filhos de Deus. A aliança, não mais limitada a um povo escolhido para dar conhecer o verdadeiro Deus, é aberta a todos os povos e a todas as raças; não mais caracterizada por um sinal na carne (a circuncisão), ela é espiritual e se exprime pela fé e o batismo (também o de desejo); não mais renovada por homens mortais no decorrer da história, e ela fundada em Cristo “que permanece eternamente”. E precisamente por ser espiritual e definitiva, sua encarnação atual na Igreja do nosso tempo com suas instituições e nas diversas igrejas esparsas por toda terra, com suas peculiaridades, tem valor sacramental, mas também relativo e caduco. É preciso, pois, não considerar absoluto e definitivo algo que não seja próprio Espírito, realidade profunda e inexaurível de tudo o que constitui a vida da igreja no tempo; ações sacramentais, hierarquia, ministérios e carismas, templos e lugares.
Espírito da fidelidade e da coragem
O batismo no Espírito ilumina a comunidade dos amigos de Cristo sobre seu mistério de Messias, Senhor e Filho de Deus; faz com que compreendam sua ressurreição como a plenificação dos planos de salvação de Deus, não só para o povo de Israel, mas para todo o mundo; leva-os a anunciá-lo em todas as línguas e circunstâncias, sem temer perseguições nem morte, Como os apóstolos, os mártires e todos os cristãos, que ouviram profundamente a vos do Espírito de Cristo, tornam-se testemunhas do que viram, do que foi transmitido que e experimentaram em sua existência. No mundo de hoje toda a nossa comunidade é chamada a colaborar co o Espírito da nova vida para renovar o mundo: tanto na atividade cotidiana como nas vocações extraordinárias. E isto, sem perder a coragem, porque “o Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza”, corrige e incentiva nosso esforço, faz convergir tudo para o bem comum (2ª leitura), porque todo dom (todo carisma) vem dele, único Espírito do Pai e do Filho.
O Espírito da novidade em Cristo
“Sem o Espírito Santo, Deus está distante, o Cristo permanece no passado, o evangelho uma letra morta, a Igreja uma simples organização, a autoridade um poder, a missão uma propaganda, o culto um arcaísmo, e a cão moral uma ação de escravos.
Mas no Espírito Santo o cosmos é enobrecido pela geração do Reino, o Cristo ressuscitado está presente o evangelho se faz força no Reino, a Igreja realiza a comunhão trinitária, a autoridade se transforma em serviço, a liturgia é memorial e antecipação, a ação humana se deifica”.