segunda-feira, 28 de julho de 2014

18º DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO A



A FOME DO MUNDO

A liturgia apresenta-nos o convite que Deus nos faz para nos sentarmos à mesa que Ele próprio preparou, e onde nos oferece gratuitamente o alimento que sacia a nossa fome de vida, de felicidade, de eternidade.


1ª. Leitura Isaías 55, 1-3 “vinde comer, vinde beber”


O sonho de Deus se concretiza quando nós experimentamos a verdadeira felicidade e abraçamos a Sua Salvação. As bênçãos e as graças do Senhor estão destinadas a todas as pessoas que são dóceis ao Seu chamado. Por meio da Sua Palavra o Senhor faz conosco um pacto eterno de amor, fartura e felicidade. Nesta leitura Ele nos acena com expressões cheias de esperança: “Vinde”, beber; “vinde” comer; vocês não precisam gastar dinheiro porque tudo o que Eu vos dou é de graça! A única coisa que nós precisamos fazer é “ouvi-Lo com atenção” e assim, nós teremos a vida. Não podemos nos queixar de que não temos ninguém ou que somos solitários (as), pobres e desprezados (as), porque Aquele que nos criou nos anima com palavras de vida eterna e abastece a nossa alma com o alimento que revigora também o nosso corpo. 


Salmo 144 – “Vós abris a vossa mão e saciais os vossos filhos”.


O alimento que o Senhor nos oferece é misericórdia e piedade, é amor, é paciência, é compaixão como nos fala o salmista. Por isso, os nossos olhos se voltam para Ele, e, no tempo certo, nós recebemos o nosso quinhão. Perto do Senhor nós temos fartura de bênçãos e podemos caminhar em busca da santidade com fidelidade ao Seu amor.


2ª. Leitura – Romanos, 8,35.37-39 – “nada nos separará do amor de Cristo”


O amor de Deus por nós se manifesta em Jesus Cristo e é por isso, que nada nos separará do Seu Amor. Jesus Cristo é a manifestação do amor do Pai por nós e, se disso nós tivermos consciência, nenhum temor poderá nos sobressaltar. A morte, a tribulação, a angústia, a perseguição, a fome, a nudez, o perigo, a espada, são situações pelas quais nós com certeza, ou já passamos ou ainda iremos experimentar. No nosso dia a dia, nos pequenos ou nos grandes contratempos nós já tivemos experiência com esse estado de espírito. Entretanto, a nossa convicção em relação ao amor de Jesus Cristo que morreu por nós na Cruz, nos faz cantar a vitória final. Em Jesus somos mais que vencedores e detentores do galardão da ressurreição. Não importa o que passou nem tampouco o que virá se hoje, nós contamos com a ajuda e a proteção de Jesus. Nessa perspectiva, nós podemos estar preparados (as) para enfrentar a altura, a profundeza, e até mesmo as criaturas, pois nenhuma delas poderá nos separar do amor de Deus que se revela em Jesus Cristo, nosso Senhor!

Evangelho -  Mateus 14, 13-21

Neste Evangelho Jesus nos dá uma grande lição de solidariedade humana, quando rejeitou a ideia dos Seus discípulos para que “despedisse as multidões”. Quantas vezes nós queremos nos ver livres dos problemas e também “despedimos” as pessoas porque elas são empecilhos à nossa missão, à nossa caminhada. As pessoas vêm famintas, precisando da nossa ajuda e nós fazemos vista grossa às suas dificuldades, achando que não somos capazes de ajudá-las, porque temos muito pouco tempo ou mesmo porque somos pequenos e limitados. Jesus diz hoje á nós também: “Eles não precisam ir embora. Dai-lhes vós mesmos de comer! ” O Senhor nos manda sentar para que possamos parar e refletir sobre a nossa vida, partilhando e dividindo com as outras pessoas os nossos planos e sonhos. Tudo isso, dentro da perspectiva de Deus e à luz da Sua Palavra e dos Seus ensinamentos. Hoje também, como ontem, há muita relva, isto é, espaço, ocasião, oportunidade para que, reunidos, nós possamos descobrir os nossos dons, talentos, aptidões, riquezas e bens espirituais, que são os nossos cinco pães e dois peixes. Ao tomar os pães e os peixes nas mãos e dar graças ao Pai, Jesus nos deu o exemplo de como poderemos fazer aumentar os nossos talentos para dar de comer aos famintos. O Senhor nos concede a Sua Palavra como pão que alimenta a nossa alma e com ela também nós podemos fartar as pessoas que estão com fome. Além disso, temos a doar saúde, paz, alegria, juventude e a nossa capacidade de olhar, de sorrir, de cantar, de amar, de sonhar e de desejar.



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