segunda-feira, 17 de março de 2014

CRISTO, ÁGUA PARA NOSSA SEDE

3º DOMINGO DA QUARESMA – ANO A – 2014

Êxodo 17,3-7 – Romanos 5,1-2.5-8 – Jo 4,5-42


Na primeira leitura aparecem os nomes Massá e Meribá, que em hebraico querem dizer tentação e discussão. O povo foi tentado a discutir a vontade divina, a não concordar com o projeto de libertação. No começo da caminhada era a festa, pois tinham consigo água e comida que tinham trazido do Egito. Depois, tudo foi se acabando. Assim pode acontecer conosco, no início da caminhada da fé. Temos motivações, somos acolhidos, não há dificuldades. Porém, no percurso da caminhada aparecem os desafios. Surgem então o desânimo, a vontade de largar tudo, de voltar para a segurança das atividades pessoais… Deus não reage com castigos aos que assim se comportam. Ele conhece a fragilidade humana e de como é difícil manter forte a chama da fé diante das dificuldades. Por isso ele vem em socorro do povo que reclama.

Paulo, na 2ª leitura, lembra que Deus não age de forma a retribuir somente a quem lhe agrada. O amor de Deus é imenso, e é derramado sobre todos. Por isso Paulo diz que nossa esperança não se funda em nossas obras e nem o amor de Deus a nós depende delas. Infelizmente os seres humanos são tentados a amar somente a quem lhes agrada. Deus não age como ser humano, o seu amor independe do que façamos. Por isso Deus mandou seu Filho ao mundo quando ainda éramos pecadores. Daí a necessidade de aprendermos a viver a partir do amor divino. Não fazemos boas obras para termos recompensas, mas agimos no amor por somos amados por Deus e isso basta.

A samaritana, apresentada no Evangelho ao lado de um poço, representa a caminhada de toda pessoa no crescimento da prática do amor. Antes  de encontrar Jesus, ela está preocupada com seus problemas pessoais. Quando o Filho de Deus se aproxima, ele fala provavelmente dos problemas do dia a dia. Essa é a forma da evangelização de Jesus – ir ao encontro das pessoas que sofrem. Assim surge o assunto religião e a catequização que Jesus faz: Ele apresenta a verdadeira forma de adorar a Deus e deixa-se reconhecer como o Messias, o Salvador. Só então ele propõe a ela o batismo na verdadeira água – água da vida – que jorra a parte do amor divino. Então a vida daquela mulher se transforma e ela se torna missionária – missão nada mais é que testemunhar para o mundo a alegria do verdadeiro encontro com Jesus, o Filho de Deus, nosso Salvador! A samaritana, depois de encontrar o “salvador do mundo” que traz a água que mata a sede de felicidade, não se fechou em casa a gozar a sua descoberta; mas partiu para a cidade, a propor aos seus concidadãos a verdade que tinha encontrado. Como ela, somos chamados a sermos testemunhas vivas dessa vida nova que encontramos em Jesus!

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